Um projeto de Urbanismo pode ser definido como um meio de planejar espaços novos e revitalizar espaços construídos. A criação de um projeto urbano depende do contexto do local em que está inserido, considerando as características da paisagem, topografia, população envolvida, história, patrimônio e até mesmo a utilização das infraestruturas básicas, como saneamento e transporte.
Dentre os projetos urbanísticos municipais podemos destacar os considerados no Plano Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) que está fundamentada em princípios como o desenvolvimento sustentável das cidades, a equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo e o uso do espaço público de circulação. E tem como diretrizes importantes a prioridade dos modos de transportes ativos sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual.
O Engenheiro responsável pelo Projeto Habitacional da Coopelar, Ocimar Barbosa, informa que o Projeto Habitacional trata-se da construção de um novo Bairro com um conceito de desenvolvimento sustentável.
É importante que pensemos no futuro e não apenas no presente, logo o nosso projeto está em sintonia com o Plano de Mobilidade Urbana de Pelotas cuja proposta para o transporte de bicicleta tem o objetivo de tornar a cidade "ciclável" - que se destina ao trânsito de bicicletas ou que se pode percorrer facilmente de bicicleta - e aumentar a participação do modal no universo das viagens urbanas. Comenta Barbosa.
O PNMU também tem como objetivos reduzir as desigualdades e promover a inclusão social, promover o acesso aos serviços básico e equipamentos sociais, proporcionar melhoria nas condições urbanas da população no que se refere à acessibilidade e à modalidade, promover o desenvolvimento sustentável e consolidar a gestão democrática como instrumento e garantia da construção contínua do aprimoramento da mobilidade urbana.
Considerando os projetos de requalificação já realizados na área onde localiza-se o empreendimento da Coopelar, podemos observar que a região sofreu algumas transformações positivas com melhorias de infraestrutura, além disso inclui-se no contexto geral do município fazendo parte do plano de mobilidade urbana que prevê futuras intervenções a curto, médio e longo prazo.
Pelotas tem um carro para cada dois habitantes
Conforme a matéria do Diário Popular, em dez anos, a frota de veículos aumentou 40,53%, sendo que no mesmo período, pela prévia do IBGE, a população pelotense encolheu 1,3%. Este dado faz com que o município pense em outras alternativas de transporte.
Pelotas chegou ao fim de 2021 na liderança, entre os municípios gaúchos, de infraestrutura própria para o deslocamento de ciclistas. Cerca de 60 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas compõem o mapa cicloviário da cidade, com traçados concluídos, projetos em andamento e perspectivas de ampliação.
O sistema cicloviário tem recebido da Prefeitura uma atenção muito grande nos últimos anos. O maior desafio para o Poder Público, além de construir novas infraestruturas, é manter o padrão das ciclovias e ciclofaixas. Por isso, há intenção da Secretaria de Transporte e Trânsito (STT) de estruturar um departamento específico para cuidar da manutenção da malha cicloviária, tanto da sinalização, como pavimentação, cruzamentos simples ou mais complexos. É gratificante ver que a população tem utilizado, de modo expressivo, os percursos existentes e disponíveis”, salienta o secretário Flávio Al-Alam.
Transporte por bicicleta: ciclovia projetada pelo município x ciclovia do empreendimento
As diretrizes do Plano de Mobilidade Urbana Municipal (PlanMob) são no sentido de conectar todas as centralidades urbanas através da malha cicloviária, garantir o espaço do ciclista nas vias, criar rede de cicloviária em toda a zona urbana, através de rotas seguras, coerentes, diretas, atrativas e confortáveis, integrar a modalidade aos demais modos de transporte, criar estrutura de apoio ao modal. Desta forma o Projeto Habitacional se integra neste sentido e prevê a construção de espaços apropriados para o trânsito seguro dos ciclistas.
Por: Anderson Rodrigues
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